Porque rir...

ainda é o melhor remédio!


Odeio Smarts!



É verdade, Smarts são um dos meus ódios de estimação que carinhosamente continuo a alimentar. Não se trata do carro em si, mas do que ele significa e do transtorno que causa. Imaginemos esta situação: estamos à meia hora à procura de um lugar num parque de estacionamento. De repente, os nossos olhos focam um lugar entre dois carros. Finalmente! Aleluia! Já não vou ter que perder o filme. Vamos com um sorriso na cara arrumar o carro e quando já estamos a dar a volta para o estacionar com estilo acontece o horror: um Smart! Os sacanas são tão pequenos que iludem um gajo. Confesso que por vezes dá bastante vontade de sair do carro e parte farol a farol... É que depois ainda há os sádicos que arrumam mesmo à frente para a desilusão e o desânimo serem maiores. Vou criar uma petição para proibir Smarts nos parques de estacionamento. Se são tão pequenos que os arrumem nos bolsos! Dentro de dias trarei novidades.



p.s - como uma petição é algo que envolve uma conceptualização profunda e uma execução ainda mais elaborada voltarei a este espaço apenas na segunda-feira. Bom fim-de-semana prolongado!

A Roda Gigante

Fotografias e montagem minhas (e do J.), com tudo o que isso implica

A Roda Gigante de que eu me lembrava era maior. Era a parte menos divertida, a obrigatória, aquela em que nas primeiras vezes a avó e o avô também andavam. Dava para comer algodão doce ao mesmo tempo, não era como o Twister e os outros todos a cair de podre. A Feira Popular era então um buraco de cor à noite e, de manhã, uma cidade fantasma, de carrinhos-choque em manutenção, lojas de bóias e camping gás, gente viciada que à noite vivia o barulho das luzes em modo automático, a mandar esperar à porta da Casa do Terror, a mandar entrar na horrorosa sala dos espelhos, a espiar as moedas engolidas pela cara de pedra que nos comia depois as mãos para as fingir ler.

Agora que já não há nada disso em Lisboa, a roda gigante estacionada no cais fluvial de Belém sabe a muito e a pouco ao mesmo tempo. Em três voltas dá pelo menos para assistir à fantástica luta do vento contra a estrutura de ferro, muito melhor do que qualquer acrobacia no poço da morte, e à violência da chuva que ameaça cair contra o pôr-do-sol que demora a pisar o horizonte.

Pelo menos, claro.

Até 4 de Maio. Viagens gratuitas.

Eleições no PSD


A um ano e qualquer coisa das eleições legislativas, o PSD tem na escolha do novo presidente do partido uma altura crucial para se apresentar como uma alternativa credível ao PS, um partido que governa a seu belo prazer e que apesar de algumas medidas pouco populares consegue estar à frente de todas as sondagens, que lhe dão a 2ª vitória consecutiva e por maioria absoluta.

Do meu ponto vista só 3 pessoas conseguem reunir 4 características que julgo necessárias para presidir o PSD

- Ter obra feita em termos políticos, com reconhecimento público da mesma
- Ser uma figura consensual dentro do partido
- Ser uma pessoa de fácil identificação por parte dos populares
- Ter uma identidade e uma imagem bem vincada e positiva

Ora, face a esses eixos faz sentido ter um candidato como Patinha Antão? Só se for para dar algum toque de comicidade na altura de os votantes do PSD lerem o nome dos candidatos…

Para mim os possíveis líderes do PSD seriam: Manuela Ferreira Leite, Rui Rio ou Marcelo Rebelo de Sousa. Este último, talvez pensando na Presidência da República daqui a 8 anos, recusou candidatar-se. Era, talvez, a pessoa menos preparada em termos de feitos políticos alcançados mas era sem dúvida o mais mediático, popular e, algo muito importante para um partido como o PSD, o mais próximo dos eleitores. Sobrava portanto Rui Rio e Manuela Ferreira Leite, dois aliados que partilham a mesma visão para o partido. Avançou a Manuela com o apoio de Rui Rio e Aguiar-Branco que retirou a sua candidatura para apoiar a ex-ministra das finanças. E avançou com todo o favoritismo, pois é uma personalidade importante do PSD. No entanto, vai ser necessário tempo e muito trabalho de bastidores para o PSD conseguir apresentar-se como uma alternativa viável. Mais, acho que o grande objectivo de Manuela Ferreira Leite deve ser evitar a maioria socialista em 2009 e preparar o partido para as eleições de 2014. Ao ponto em que o partido chegou, tem de haver uma visão a médio prazo em vez de procurar, de forma desesperada, soluções imediatas. Manuela Ferreira Leite parece-me uma boa opção para o fazer. O tempo encarregar-se-á de o provar.

p.s - Hoje fala-se também de um novo possível candidato: Alberto João Jardim... Se este senhor ganhar as eleições internas provar-se-á duas coisas: que os militantes do PSD perderam completamente o juízo e que o continente é, pelos vistos, para o Sr. Jardim muito mais importante de que este nos faz crer diariamente.

Outros trabalham. Como podem ver mudámos (mudei) simpaticamente o ambiente dos pequenos apontamentos. Com a colina acima queremos metaforizar o ondular dos pensamentos entre as duas pessoas que coexistem neste agradável espaço virtual, a contar as suas coisas diárias a quem as queira ouvir. Sem outras pretensões - apesar do spam viral que desenvolvemos volta e meia em conceituados vizinhos da elitista blogosfera.

Com este novo ambiente queremos que saibam que podem rebolar por nós abaixo, adormecer à sombra daquelas duas árvorezinhas ali em cima ou esparramarem-se na relva a olhar para esse céu azul burro quando foge, que não diz se é Inverno ou Verão, mas que dá para descansar os olhos.

Logo de manhã ou ao final do dia.
Na boa ou verdadeiramente chateados com o mundo.
Ou, na maioria das vezes, assim assim.

Pequenos Apontamentos - Sobre Coisas de todos os Tamanhos.

Plim.

Greve

Seguindo o exemplo dos nossos caríssimos funcionários públicos que quase conseguem marcar uma greve por mês de forma a não ter que gastar dias de férias, também eu, hoje, faço greve neste estaminé. Não sei bem porquê. Mas apetece-me. Até amanhã.

Meses à espera da data marcada.
Os convites que nos dizem como nos havemos de vestir.
A despedida de solteira que não queremos que seja com pilas peluche e pilas palhinha mas que só tem piada porque é assim.
O coro que ensaia com vontade na véspera.
A voz que treme na música de entrada (estiveram tão bem).
Ver o vestido da noiva pela primeira vez.
O noivo que chora...
A hora que passa num instante.
O beijo.
O coro elogiado.
As músicas do final em que estragamos tudo, ou somos as pessoas de sempre.
Eles a saírem casados.
Arroz e pétalas.
Os abraços.
Fotografias sem pose.
Uma ponta de sol.
E chuva a caminho da quinta.
A quinta linda debaixo do céu carregado, lembro-a como numa fotografia.
Recepção gourmet.
Mesas com castelos.
Conversas.
Amigos.
Reencontros noite adentro.
Frio.
Vandalizar o carro dos noivos.
Roubar flores da decoração.

Vê-los ir e colher os últimos pedaços da noite no silêncio do depois da festa. Já quase sozinhos. Imaginar quando formos todos velhinhos e estes dias forem lembrados como os que fizeram valer a pena a vida. Talvez então boatos (pronto, verdades indesejadas) como o Alex a chorar quando viu entrar a noiva na igreja, ou memórias simples, como saber que eram 27 os ganchos no cabelo da Mafalda, nos façam rir.

Vinhamos para casa e só me lembrava de momentos do início da nossa amizade que vive agora tantos dias sem palavras nas coisas do Pio, memórias de quando eu era miúda mas ia com vocês na mesma e de dias de muita chuva no alto de uma montanha qualquer, de noites ao relento e de fogueiras alimentadas a disparates.

Sol

É tão bom quando depois de um fim-de-semana tão chuvoso como este, chegamos a Segunda-Feira (!) e brilha fora do escritório um sol tão sorridente ! Ui... Adoro!

A sequela

Hoje, às 20:30 não perca numa televisão perto de si a sequela de um dos filmes com mais sucesso de sempre "Como fazer a pior época de sempre 2 - o massacre". Como actores principais temos um anão e 11 espantalhos que farão de tudo para fazer rir a plateia. Temos ainda como Presidente um actor-convidado: o Dumbo! Imperdível! Eis o poster do filme:


Temporal

Foi impressão minha ou ontem ia acabando o mundo? Já não me lembro da última vez que deixei de sair de casa por causa de chuva, vento ou derivados. Mas a verdade é que ontem dei ouvidos à entidade maternal e não arrisquei. Do alto do quinto andar, tudo parecia tão frágil que assustava. As raízes das árvores agarravam-se à terra decididas mas o seu esforço parecia inútil. Os carros faziam-se ouvir de forma repetida e ritmada. Voavam chapéus de chuva. Os caixotes de lixo, distantes do seu habitat natural, circulavam no meio da estrada. A menina da casa encolhia-se com o som que o vento fazia nas janelas. Abraços do "tem-calma-vais-ver-que-isto-já-passa" ou beijinhos "não-te-assustes-que-estamos-aqui-contigo" circulavam à mesma velocidade que a chuva caía. É engraçado quando os pais tentam esconder o próprio medo para acarinhar e acalmar os filhos. E é incrível ver como o calor de um corpo conhecido consegue mudar os olhos de uma criança, que outrora esbugalhados sem pestanejar, agora começavam a amolecer e a fechar-se lentamente... Ao mesmo tempo, lá fora, as nuvens secavam, as árvores descansavam da luta e os caixotes de lixos regressavam a casa.

Saí de São Bento era noite e chovia. Chovia muito. A escadaria enorme e os militares a render a guarda na minhas costas, num cerimonial solene demais para o céu carregado, os meus passos rápidos na enorme escadaria e mais ninguém a ver. Chovia tanto. Quando me voltei de novo para olhá-los já só estavam os dois de serviço, abrigados no seu posto estátua, imóveis até depois, mais tarde, quando os viessem render. Desço a escadaria. Ninguém. Sem medo ando metade na estrada e metade no passeio, a ver brilhar os carris do metro, inundados, alagados de chuva. E se não houvesse mais ninguém? Sei de um jogo de futebol pelos ecos das casas antigas, podres, velhas. Não há nada aberto. Nada. Parece tão mais tarde enquanto percorro a rua enorme até ao carro. Com medo. Um quase medo que me pede para não me demorar debaixo da chuva pesada e fria, para ir depressa, para me proteger depressa. Passa um homem e eu escondo-me dele na sombra, ele esconde-se de mim na sombra, ninguém nos vê. A luz dos candeeiros treme num gotejar, não ilumina. Entro no carro.

Depois de um intervalo de algumas horas, dei comigo às quatro da manhã parada num semáforo na rotunda do Prior Velho. Cinco minutos à espera que passassem peões. Não havia ninguém. E se não houvesse ninguém? Pus a tocar um CD, Sugar Baby Love da banda sonora do Breakfast on Pluto. E voltei a casa como num filme.

Expectativas

Oh meus amigos, mas o que é que se passou ontem a noite? Chegam ao intervalo a ganhar dois -zero e na segunda parte encaixam 5? Há uma coisa que se chama expectativas. E depois de estarem a ganhar de forma tão confiante não podem deitar tudo a perder. Já imaginaram os casos de violência doméstico e suícidio que aconteceram ontem? E estou para ver como vai ser no Porto, muda aos 5 acaba os 10. Enfim, fica aqui o desabafo de um adepto que ontem se sentiu verdadeiramente humilhado. Não pelos meus colegas de bancada sportingistas, mas sim por pertencer a um clube que é, hoje em dia, apenas e só uma vergonha.

PoetoCop

"O larápio olhou-se ao espelho:
cansado, de barba por fazer
e na ânsia por um pouco de nicotina,
decidiu renovar o seu suplemento
numa loja na esquina".

Parece poesia? E é. O bizarro é que Ilka Ivari, o autor destes versos tão realistas, é um polícia finlandês com um talento apurado (digamos, diferente...) para preencher autos de ocorrência.

Mas melhora:

"Posso preservar o meu estilo, desde que não misture factos com ficção", disse o "polícia poeta" a um jornal brasileiro.

E melhora um pouco mais:

"A polícia pode registar factos até mesmo em versos, desde que respeitem o regulamento», afirmou Marko Luotonen, porta voz da polícia local.

O RoboCop deve estar a vomitar no túmulo.


Caros “jogadores”,

Escreve-vos o sócio nº 181579 (embora as quotas sejam pagas pelo pai). Comecemos pelos elogios: jogam num clube histórico. Passemos então para 4 linhas de insultos, nada gratuitos: vocês são uma cambada de toscos, sem-vergonha, incompetentes e poucos profissionais. Acabam de assinar uma das piores épocas de sempre. Não merecem nem a camisola que vestem (ok, esta já devem ter ouvido várias vezes), nem os milhares de euros que recebem por mês. Fosse eu o Presidente…. Esqueçam, fosse eu o presidente e já me tinha demitido.

Entramos agora naquilo que é o propósito desta carta: por amor de todos os santinhos ganhem hoje ao Sporting! Não é pedir muito, é só não sofrer e marcar 1 golito. Pronto, ok, se calhar é pedir bastante. Mas sigam as minhas instruções:

• Luisão – atrasos para o guarda-redes está fora de questão. Chuta para onde estás virado. É o melhor que fazes.

• Petit – experimenta correr…

• Nélson – tenta fazer um cruzamento. Vá lá, só um!

• Maxi Pereira – Usa a tua verruga para assustares os adversários. Depois é só correres e passarares a bola.

• Cardozo – Tenta tirar os pezinhos do chão e mexer as pernas. Vais ver como é incrível a sensação.

• Nuno Gomes – ocorre-me tantas sugestões que nem sei por onde começar. Dá uma voltinha pelo que dizem os jornais e blogs e logo percebes.

• Chalana – Que tal pôr os jogadores a jogar no sítio correcto? É que pores o Binya a extremo-direito é das maiores anedotas que já se viu este campeonato. Nem o Camacho! Isso é quase a mesma coisa que pores o Ricardo na baliza da Seleccção…

• Eusébio – empresta uma perna ao Mantorras para ele jogar 10 minutos que seja,

Fácil , não? Então vá, estás nas vossas mãos honrar o clube. E acima de tudo está nas vossas mãos eu passar um serão agradável, já que vou ver o jogo no meio de leões!

Portanto, subam ao relvado e espantem-nos com o vosso jogo! (acho que me vou arrepender de dizer isto…)

Cumprimentos benfiquistas,

Running the Numbers



(Clique para aumentar)

Duzentos mil maços de tabaco, o equivalente ao número de americanos que morre devido ao fumo, a cada seis meses. É o que podem ver nesta tela, a jeito de metáfora mórbida, a redesenhar o conhecido esqueleto de Picasso. A ideia do fotógrafo Chris Jordan foi tornar a linguagem fria das estatísticas em qualquer coisa. A ver se as pessoas percebem, ou deixam de fingir que não percebem. Fê-lo com garrafas de plástico desperdiçadas, telemóveis que deixam de ser utilizados, latas de refrigerantes, rastos de aviões comerciais e folhas de papel. Transformou os gigantes números do consumo norte-americano, que são os mesmo que os nossos, à escala do que somos, em imagens em que cada pixel é um eu, e o todo um nós.

Sem ser muito apologista deste tipo de moralismos, gostei da ideia de ver as coisas nessa dimensão que os números quantificam e transformam quase em entidade opaca. Não sei se muda alguma coisa, mas é um bom exercício.

No Pavilhão do Conhecimento, até 30 de Abril. Entrada livre.

Só nos EUA

Esta é capaz de ser das notícias mais hilariantes que li nos últimos tempos. Apresento-vos Johnny Diablo, um senhor de meia-idade que decidiu abrir um negócio para um segmento de mercado pouco explorado. Nada mais, nada menos que um clube de striptease para vegetarianos... Ao que parece toda a carne foi subsituida por soja e as bailarinas só usam peles sintéticas e são tambem vegetarinas.

Agora pergunto eu : um striptease vegetariano, haverá algo mais irónico?

Tudo bem, isto é uma democracia, faz-se diariamente a apologia do direito destes e daqueles, mas não havia necessidade de uma manifestação pacífica pró-tuning pelas ruas de Lisboa nem muito menos, mas isto já sou eu, de cortar um quilómetro da marginal a partir das 18h no Sábado e no Domingo para corridas duvidosas de motas (digo pela qualidade dos outdoors, das barraquinhas e das bancadas). Tudo no mesmo fim-de-semana. Não havia necessidade porque depois é preciso fazer um esforço enorme para dizer coisas do género, não mas Sábado à noite houve um concerto do David Fonseca no Coliseu, ainda é possível dar uns passeios a pé em Belém, ler uns livros ou mesmo uma revistas cor-de-rosa numa esplanada, ir ao cinema, nem tudo é manifs, nem tudo está perdido quando há gente humana como nós que vai para a televisão chorar e dizer que não poder usar o carro turbinado de chassi rebaixado, porque não é legal (mas que bem), é como lhe fazerem mal a um filho ou a um animal de estimação (Confesso que só isto de comparar filho a animal de estimação nunca foi coisa que percebesse...). Reparo agora que falar de um carro modificado tem qualquer coisa de super-herói de desenho animado série B, o meu carro turbinado, alado, pelo poder do Tuning vou castigar-te!

Ainda assim, mesmo que a minha bicicleta estivesse a precisar do único tuning que concebo, um pouco de óleo na corrente e afinar as mudanças e os travões, uma ida até ao Guincho ao final da tarde apaga tudo.




PS: Comprei um pipo amarelo fluorescente nos chineses. Estive a ler alguma documentação e, de acordo com os entendidos em carros alterados, este tipo de acessório é considerado xuning, que é como quem diz foleiro. Eu pensava que Xuning era como se dizia tuning quando se quer dizer que o tuning é foleiro.

PS2: Caros amigos, poderão deixar as bombas caseiras nos comentários.

Tenho a certeza que os jornais gratuitos que, de forma tão amável, são distribuídos nos principais semáforos da capital têm uma percentagem assegurada nas seguradoras e nas oficinas! É que só pode...

p.s. 1 - não, não bati com o carro. Mas só hoje vi dois senhores, quiça assustados com as noticias da descida do Benfica para 4º lugar (...), a começarem o dia com Declarações Amigáveis. Sempre gostei do nome deste documento. Aliás, até tenho um slogan: "Bata com o carro! Faça um amigo!"

p.s. 2 - assistemos a um caso raro neste post. O ps consegue ser maior que o texto inicial.

The bucket list

Cascais Villa, 23h40, sala 4: Chão imundo, cadeiras imundas, filme estragado com "15 minutos de ruído inicial, mas mal se nota, faço-vos um desconto de cartão jovem, mal se nota, é muito bom o filme", quatro pessoas na sala, o pacote de pipocas da fila da frente todo entornado ao chão (como é que é possível?), um cheiro abafado, horrível, cortinas vermelhas a lembrar os incêndios nas salas de cinema antigas, um cheiro nauseabundo, abafado, viciado, quente, intervalo (para quê?). Mas o filme era muito bom. E a melhor parte é quando o Jack Nicholson pergunta ao Morgan Freeman se ele sempre teve aquelas sardas? Sardas simpáticas. Que pergunta tão grande. E a história, que no final dá daqueles arrepios que fazem comichão, bem podia ser a história deles.


E alternativas?

Foi ontem anunciado o entendimento entre o Ministério da Educação e os sindicatos dos professores em relação à avaliação do pessoal docente. Depois de mais de 7 horas de conversações ambas as partes chegaram a um ponto comum de satisfação.

Eu pessoalmente sou a favor da avaliação dos professores. Se todos nós temos de ser avaliados pelo que fazemos, não é justo nem democrático que os professores não sejam. Até porque acho que pode promover o comodismo. No entanto, percebo e concordo que questão foi tratada de uma forma impositiva e nada dialogante. Aliás, julgo que este é o grande problema do governo de Sócrates, a comunicação e o diálogo. Excepção feita ao primeiro-ministro, todas as outras pastas demonstram uma comunicação ineficaz e pouco estratégica. Pensemos no que aconteceu nas Obras Públicas, com o Aeroporto, na Saúde, com o fecho das maternidades, nas Finanças com o IVA e agora nesta questão da educação.

Mas pior que o Governo está os outros partidos, que anda completamente desnorteada e sem a mínima noção de como fazer oposição. Daí o título do post. Não há alternativas ao PS neste momento. Senão, vejamos as reacções dos partidos de oposição à divulgação deste entendimento. Anteriormente, acusaram o governo de ser arrogante quase ditador por não ouvir os professores numa questão tão delicada como a avaliação. Sim senhor, tinham toda razão. O que não podem é, depois do governo recuar, vir com o discurso de "recuo para ganhar mais uns votos nas próximas eleições". Não faz sentido, não é coerente e, diria, não é politicamente inteligente. Quando se pede a um governo que recue em determinada decisão, não se pode criticar depois este o faz. Julgo que a postura de uma oposição séria e determinada seria reconhecer o recuo sublinhando que foi a oposição dos partidos partidos de oposição e dos populares que levaram a este desenlace. Ficariam a ganhar em duas frentes: estariam ligados a um desenlace feliz para os professores, que ficaram com o sentimento de vitória, e sublinhariam o facto de que a oposição é necessário ao país. Estaria lançada a semente para, no futuro, por em causa a maioria socialista.

Analisemos o discurso de Menezes: "“O Governo recua na Ota, recua agora nos professores, recua em tudo aquilo que do ponto de vista político-eleitoral não sirva os interesses do Partido Socialista”.

Agora pergunto eu: não fez bem em recuar na Ota e escolher a hipótese mais viável em termos geográficos e económicos? Não fez bem em finalmente dialogar com os professores?

Sócrates continua a sair por cima. E a continuar assim vai obter uma vitória história: a da segunda vitória consecutiva por maioria absoluta. O meu voto, pelo menos, têm-no.

Consequências

Andar num ginásio é bastante aprazível. A sério que sim. Sabe muito bem canalizar o stress acumulado de um dia de trabalho em várias máquinas onde vamos olhando, ansiosamente, à espera que o número de calorias queimadas suba cada vez mais.

O dia seguinte é que não tem a mesma piada. Acho que me doem todos os pequenos músculos do corpo, inclusive aqueles que desconhecia que tinha. Lá está... tudo tem as suas consequências. Mas uma "doem" mais que outras.*


* como perder 3 a 0 de forma académica (está pequenino para ver se ninguém lê)

Não há nada como um Sábado assim, cedo, com sol e 48 horas de puro lazer pela frente.

Apetecia-me acordar-vos a todos.

Alegria

Hoje vou dissertar brevemente sobre a alegria dos outros. Nem sempre é contagiante mas tem qualquer coisa de químico que nos enruga à força as bochechas da cara e não conseguimos deixar de sorrir. Foi assim esta semana, por duas vezes. Mas é sempre assim. Os outros, e sabe sempre melhor quando os outros são os nossos amigos, vêm devagarinho ter connosco. Às vezes assim do nada, e nós ao vê-los vir desconfiamos logo. Vêm sempre da mesma maneira. Com aquela cara de miúdo que encontrou o esconderijo dos rebuçados ou um buraco de minhocas para decapitar. E então há duas modalidades. As duas igualmente enternecedoras. A primeira é a vulgo 'como estás-como estás': Então, como estás? Eu estou bem, e tu como estás? Nem imaginas... E o nem imaginas é uma história mais ou menos incrível, razão de uma enorme alegria. Começamos a sentir as bochechas apertar, a puxar para cima o sorriso e dizemos, assim, sem jeito perante a enorme alegria dos outros, pequeninos na enorme alegria dos outros, Fico muito feliz. A segunda modalidade não tem as delicadezas iniciais, é logo a abrir. Conhecida pela expressão de abertura "nem vais acreditar", é um chorrilho de exclamações, que nunca pensei, que não pode ser, que agora é que foi, que é o melhor dia, que é o primeiro dia, que é o último dia... E as nossas bochechas incham rapidamente com a alegria dos outros. E o nosso sorriso, mesmo que não se veja na distância, significa um gosto muito de ti, nunca duvidei. Ou como diria a ama quando vê os meninos crescer, não se afastem muito com os rebuçados, nem se magoem com as minhocas. Ou as meninas pequeninas quando os amigos vão às vidas deles, também quero ir.

Parabéns aos dois.



We don't need no education
We don't need no thought control.
No dark sarcasm in the classroom.
Teacher leave the kids alone

Pink Floyd - We dont' need no education

A não perder

A dança do lago

Local: Esplanada Linha d'Água, no jardim Amália em Lisboa
Horário: Dois ou três minutos de chuva e vento
Transporte: Metro (saída em S. Sebastião), Carris (qualquer uma via Parque Eduardo VII)
Entrada Livre

O caso do barrete

Este Portugal é realmente extraordinário. Pelos vistos, os processos judiciais no Porto não se reduzem apenas a Apito Dourado e Pinto da Costa. Existe um outro, gravíssimo, que envolve o Senhor Presidente Rui Rio que foi ontem constituído arguido num processo interposto por... um arrumador de carros. É verdade! Ao que parece, o Senhor Carlos Moreira, de 53 anos, acusa a autarquia, na pessoa do seu presidente, de usar a sua imagem indevidamente pois, na revista oficial lá do sítio, aparece a sua fotografia numa peça sobre a extinção do programa Porto Feliz (seja lá o que isto for...). Segundo o senhor arrumador de carros, essa profissão tão nobre que tanto ajuda o desenvolvimento do país com os impostos que todos sabemos que pagam, houve várias pessoas que o insultaram na rua com frases como "queres a moeda é para droga!".

Rui Rio, à saída do tribunal, referiu que a dita fotografia era sobre arrumadores de carros e que o senhor em questão "tinha um barrete enterrado até ao nariz", o que, segundo o mesmo, impossibilita a identificação da pessoa.

Mas cada um sabe do seu nariz. E o sôr Carlos Moreira refere que muitas pessoas o identificaram (deve ter um nariz muito peculiar...) e pede, imagine-se, uma indemnização de mais de 100 mil euros! Não sei como é que isto vai acabar, mas vou aguardar, ansioso, novos desenvolvimentos no caso que sugiro que se passe a chamar: "O caso do barrete".

Algo anda mal quando nem os tornados são coisas claras no nosso país. Segundo o Última Hora do Público, o Instituto de Meteorologia desconhece se esta manhã ocorreu um tornado em Santarém e pede imagens do fénomeno. Bom, pelas imagens de telhados levantados e árvores mutiladas eu diria que, se não foi um tornado, qualquer coisa há-de ter havido esta manhã em Santarém.

O IM apela a todos os que tenham filmado ou fotografado o alegado tornado para que cedam os recursos para averiguações. Imagino que o pessoal dos satélites estivesse ocupado a registar qualquer cena de pancadaria entre taxistas ou uma versão espacial da escola Carolina Michäelis.

Embora não possa ajudar o país a desfazer este mistério, pelo menos da forma que nos é a todos pedido, gostaria de deixar o meu contributo. Ao que parece, as zonas mais afectadas pelo fenómeno meteorológico foram as aldeias de Canal, Amiais de Cima e Amiais de Baixo, no distrito de Santarém.

Tenho a dizer que aqui há um mês passei uma hora em Amiais de Baixo. Sim, é verdade... Não pensem que eu invento estas coisas só para poder dizer que já ouvi falar de Amiais de Baixo!! Depois dessa hora, creio estar na posse de informações que muito podem interessar ao SIS e ao IM (não estarei disponível para entrevistas até ao final do dia).

Estava eu muito bem a sair de uma mercearia em Amiais de Baixo, onde por sinal havia uns mini palmiers caseiros muito estaladiços, quando me deparo com a seguinte cena:

Miúdo de 17 anos: Eu vou furar-te todo a ti e à tua mulher logo à noite!
Velhote: Com'é que vais? Com'é que vais?
Miúdo de 17 anos: Eu tenho uma pistola...

(E eu a passar sorrateiramente da mercearia para a loja dos chineses)

Velhote: Tens uma pistola aonde?
Miúdo de 17 anos: Tenho uma pistola aqui e vou furar-te todo!
(E outros velhotes impavidamente sentados à beira do passeio a olharem a cena...)

Então agarraram-se os dois pelo colarinhos, começaram aos berros (eu com medo da pistola) e começaram a voar tremoços.

(Tipicamente português isto da mulher a vender tremoços em sítios improváveis).

Voaram os tremoços e os pistachios. A senhora arrumou a pouca bagagem que sobrou e foi-se.

Eu também não vi o que se passou depois mas, senhores responsáveis pelo esclarecimento da questão de grande importância pública que é saber se aquilo que destruiu meia dúzia de bens esta manhã foi ou não um tornado, lá para essas zonas "é mais bolos".

A Natureza tem, realmente, coisas extraordinárias. Lembram-se daquela frase popular "Tu és como o feijão-frade, tem duas caras"? Pois bem, na Índia esta frase, mais do que nunca, faz sentido. No entanto, não é como o feijão mas, segundo se diz por lá, como a deusa Ganesha que, sublinhe-se, era uma senhora com tromba de elefante (!)

A verdade é que Lali, assim se chama a moça, nasceu a 11 de Março com 4 olhos, 2 narizes e duas bocas. Os pais recusam quaisquer análise médicas e a criança é já adorada por milhares de indianos. Os médicos alertam para o enorme risco para a saúde da criança se não for submetida exames e, actualmente, é alimentada artificialmente por uma das bocas, enquanto a outra chucha no dedo.

Para aqueles que não se impressionam facilmente e queiram conhecer a Lali carreguem aqui

A casca de banana

Não sou nada dada às manias da reciclagem, da poupança de água a lavar a loiça, nem daquelas pessoas que sabem onde é o pilhão mais próximo, ou quanto tempo demora a decompor-se uma pastilha elástica deitada ao chão ou o que será do planeta com todo o papel que não reutilizamos. Enfim. Mas há gente muito porca. Ontem ia muito bem no passeio e passa um tipo num carrão (é o mais longe que consigo ir na descrição do carro). E então, como diria Miguel Torga no meu poema preferido, a cena foi muda e breve. Enquanto o sinal não abria, o tipo do carrão descascou uma banana, pegou na casca com a ponta dos dedos e mandou-a contra um senhor que passava no passeio. A casca da banana fez ricochete na cabeça do homem e caiu redonda no tapete da porta da loja de lingerie. O sinal abriu e o carrão arrancou. Imagino que a besta tenha enfiado a banana toda na boca de uma vez e feito sons animais ao degluti-la selvaticamente. O depois, a que assisti vagamente enquanto passava, foi o homem que levou com a banana na cabeça ter ficado a olhar para um lado e para o outro, na esperança inconsciente de estar num qualquer programa de apanhados e, quem sabe, talvez ainda lhe irem pagar pela participação brilhante na cena inverosímil. E a casca de banana, que continuou caída.

Agora comento como quando alguém nos conta que foi assaltado: Não, não foi à meia-noite num beco escuro... Foi ali, à luz do dia, com toda a gente a passar. E ninguém fez nada.

Eu pensei nisto tudo baixinho, mas com força. Pode ser que ele tenha ouvido.

Um (só) serão

Ontem tive um serão diferente. Depois de jantar decidi, apesar do temporal que se fazia sentir em Lisboa, que não queria ficar em casa. Despedi-me com um beijo da minha mãe e da minha irmã, peguei num cachecol, num casaco e nas chaves de casa e saí. Sem chapéu-de-chuva. Detesto chapéus-de-chuva.

A cidade estava incrivelmente calma. Poucos carros na estrada, nenhumas pessoas na rua. Seria do temporal? Estaciono o carro, dou uma moeda ao arrumador e sigo para o cinema. "Um bilhete para XXXX, sff". A senhora, sem articular som, dá-me o bilhete. Desço as escadas. "Bolas, apetecia-me mesmo pipocas". Não há. Porém ao fundo, reluz uma máquina de chocolates. 1 euro, 1 pacote de malteseres. Está feito.

O filme era giro, mas nada de extraordinário. A minha frente um jovem casalinho que parecia coordenado com a acção do filme. Uma morte, um beijinho, uma explosão, outro beijinho. Deve haver um lado romântico na desgraça que desconheço. Os malteseres até estão a saber bem! Mas mastigo-os lentamente para não incomodar as pessoas. Nunca pensei que um simples chocolate se ouvisse em toda a sala. Acaba o filme, aperto o casaco ponho o cachecol ao pescoço e dirijo-me ao carro. Ainda lá estava, felizmente.

11h00? Ainda é cedo. Próxima paragem: King. Gosto deste cinema. Mais um bilhete. Desta vez, em vez de pipocas e malteseres dirijo-me ao café para tomar um. "Queria por favor... Espere! Deixe-me ver se tenho dinheiro trocado!. Tinha. Levanto os olhos e já tinha à minha frente o café, servido pela menina de chocolate com olhos tristes. Pago, recolho 2 ou 3 folhetos para ler e sento-me. Não havia uma única pessoa em todo o cinema a não ser os empregados e eu. Finjo ler o que tinha retirado, acabo o café e vou dar uma volta pelo cinema. Numa das cadeiras do corredor dorme um senhor. Mais tarde descobri que era o projeccionista que esperava pelo fim do filme da sala 1 e pelo inicio do "meu" na sala 2. Ao seu lado, com aquela postura característica das avós, uma senhora fazia um casaco de lá. Muito pequeno. Talvez para o seu neto.

É meia-noite. O casaco é deixado na cadeira, a senhora levanta-se para ir mostrar qual o meu lugar na sala vazia. Como se precisasse de ajuda. Descalço-me. Fecham as portas. O filme começa...

O filme acaba, e com ele também a noite. Chego a casa, reina o silêncio. Deito-me a pensar neste serão e chego a conclusão que por vezes sabe bem estarmos sozinhos, mesmo quando nos sentimos sós.

Pára tudo



Mas o que é isto de andar a apagar e a acender a tocha olímpica? Ontem e hoje, manifestantes pró-tibetanos em Londres e Paris tentaram, conseguiram e voltaram a tentar apagar a chama olímpica. O motivo é justo. Disse ontem Dalai Lama: "Os recentes protestos por todo o Tibete não só refutaram mas também destruíram a propaganda levada a cabo pela China segundo a qual, excepto alguns reaccionários, a maioria dos tibetanos tem uma vida próspera e está feliz". Não têm. Não vão ter. E já são mais de 40 anos de prepotência sobre uma região que só é chinesa na cabeça dos governadores chineses. Mas não. A chama extinguiu-se brevemente por "motivos técnicos", explicava hoje alguém à Reteurs. Em pleno século XXI, perante um caso gritante de violação dos direitos humanos, de expropriação e de chinocentrismo, a chama apagou-se por motivos técnicos. Não porque há pessoas que querem que o rumo da história mude. A Associação dos Comités Olímpicos Nacionais vai até dar-se ao trabalho de assinar, por unanimidade (que orgulho...), uma declaração contra o boicote aos Jogos Olímpicos, para não prejudicar os atletas e a preparação do evento. A tocha, também disseram hoje os responsáveis, vai passar pelo Tibete, doa a quem doer. E eu penso que extintores, gás lacrimogéneo, cacetadas, polícia de intervenção, escoltas de patins em linha e a chama olímpica a circular dentro de um autocarro são sinais tristes do nosso tempo.

Mas há uma coisa ainda mais trágica. Quando Prometeu foi roubar o fogo a Zeus e o deu aos Homens quis, com um gesto tão ousado, dizer que estava contente com a sua criação. Então os gregos, que não eram do século XXI mas que sabiam que a grandeza dos homens é feita de pequenos gestos em alturas maiores, levaram o fogo para os templos e mantinham a chama acesa dia e noite. A todo o custo e sem grande custo. A tocha olímpica vai buscar os primeiros porquês a esta história. Eu, que nem tenho nada de oráculo, arrisco dizer que quando o fogo sagrado se apaga assim, mais do que uma vez no próprio dia, os deuses devem ficar zangados.


Reputação

O FC Porto garantiu este fim-de-semana mais um campeonato. Parabéns aos jogadores, à equipa técnica e aos dirigentes pois, de facto, foram e são, actualmente, a melhor equipa portuguesa. No entanto, a direcção que quero tomar hoje não é a vitória no campeonato mas sim a gestão de reputação do clube portista tendo em conta o Apito Dourado.

Antes de mais devo dizer que acho curioso que o Apito Dourado tenha desenvolvimentos e os delegados da Liga mandem as notas de culpa ao Porto quando este tem 18 pontos de avanço sobre o segundo lugar. Porque é que o mesmo não aconteceu quando o campeonato ainda estava a ser decidido e quando já se fala de Apito Dourado há tanto tempo? Não sei, mas tenho uma pequena ideia.

No meio de toda esta confusão, há porém um cenário que julgo interessante e que passa pela forma como o FC Porto vai agir mediante a culpabilidade dos jogos onde é arguido, que levará a perda de 6 pontos (o que me parece, dado a gravidade da acusação, francamente pouco).

Se tal acontecer, os dirigentes têm duas opções: ou aceitam a decisão e perdem os pontos esta época (o que não lhe causará qualquer dano), ou recorrem e arriscam-se a começar o próximo campeonato com menos seis pontitos. Ora todos nós sabemos qual a opinião pública acerca de Pinto de Costa e do FC Porto. Deverão ser poucos aqueles que acreditam que o presidente portista nunca coagiu os árbitros. O que está em questão, portanto, é a credibilidade do clube, a sua reputação. Aceitar a decisão em termos desportivos será fantástico pois, na prática, não terá nenhuma consequência. Agora em termos de capital reputacional terá um impacte bastante negativo, uma vez que as pessoas terão a (aparente) certeza acerca das suas desconfianças. Recorrer da decisão irá afectar o inicio da próxima época, mas posicionará os dirigentes portistas de uma forma completamente diferente aos olhos de todos. O que estaria em causa era a afirmação que os dirigentes portistas não se reviam e não se conformavam com a decisão, e iriam recorrer para restabelecer a verdade, mesmo que depois sejam novamente considerados culpados. E convenhamos, pelo andar da carruagem, até se partissem com 10 pontos de atraso em campeões para o ano.

Julgo que a minha opinião acerca da forma de gestão desta crise está bem explanada, mas deixo aos senhores responsáveis pela mesma a avaliação dos dois cenários possíveis.

p.s – Todo este texto nasce da aceitação da possibilidade de Pinto da Costa e FC Porto serem realmente condenados. Esperemos que ela exista.

Estava convencida de que o Verão tinha chegado mais cedo. Já era o final da tarde quando peguei na toalha e saí para o meu primeiro dia de praia. Em Santo Amaro, bom, algumas pessoas, não diria muita gente, mas algumas pessoas com os seus respectivos filhos, vestidos, grupos de amigos onde se arriscava uma ou outra ida à água e senhoras de alguma idade a tricotar, impecavelmente instaladas na areia. Eu ia tão convencida que, às 18h - já o sol era uma coisa intermitente no céu acinzentado - fui capaz de estender a toalha e deitar-me debaixo de uns raios mornos, a ver o que acontecia. Abri o livro que ando a ler e deixei-me estar enquanto algumas pessoas, assustadas com o escurecer do tempo, se iam indo. E li ainda um capítulo. Ao ritmo do barulho do mar e do choro de uma menina que por lá andava, a estranhar a areia, a água e a liberdade de ter o horizonte aberto à frente, num longe que é difícil de medir. E chorei um bocado, porque no final do capítulo há uma menina assim que morre. Numa tragédia sem dramas e sem palavras, daquelas que mesmo quando são inventadas nos dão um murro na garganta e outro no coração. Pouco depois (algum tempo, acho) começou a chover. A chuviscar. E foi uma correria a ver quem voltava mais depressa para o "mês de Abril". Cada coisa tem o seu tempo.

Nota: O trânsito à saída da praia era como se fosse Agosto.

PS: Sobre uma certa noite, já dizia o Platão (quiçá um dos sete sábios gregos :P)

"Não há nada bom nem mau a não ser estas duas coisas: a sabedoria que é um bem e a ignorância que é um mal".

Persistência

A propósito de uma certa noite, gostaria de deixar aqui uma frase de Richard Nixon:

"Um homem não está acabado quando enfrenta a derrota. Ele está acabado quando desiste."

Até ao próximo "duelo"!

Mickey-Chávez

Hugo Chávez, na sua recente visita ao Brasil foi fotografado, presumo eu, milhares de vezes. Numa delas, o senhor presidente estava a passar por detrás de dois pontos pretos. Resultado: o Mickey Mouse.

Na minha opinião esta fotografia é apenas uma brincadeira, um momento engraçado que resultou da inspiração de um fotógrafo. Para os "chavistas" esta foto é, e passo a citar,"um plano do Império norte-americano, da CIA e dos accionistas oligarcas da Reuteurs" Amigos venezuelanos,se me permitem o trocadilho, perderam uma bela oportunidade de ficarem calados. Haja sentido de humor minha gente!

Veste-se uns calções de ir para a praia e uma t-shirt. Óculos de sol. Avental. Pega-se no carrito e vai-se até ao Elefante Azul. Depois, quaisquer cinco euros fazem a festa. Começa-se por aspirar os estofos, com alguma energia para não ultrapassar os primeiros três minutos sem se ter limpo, pelo menos, os bancos da frente. Repete-se a dose e aspira-se os bancos de trás e o porta-bagagens. Tudo limpo. Batem-se os tapetes contra a grelha para o efeito do lado direito, trabalhando durante uns cinco minutos os bíceps. Depois espreguiça-se devagar sob o sol de 30ºC, entra-se do carro e segue-se para a zona de lavagens. Aí sim. Parece que estamos à beirinha do mar a levar com a brisa molhada na cara. Mete-se uma moeda e faz-se uma primeira lavagem, apontando com a pistola para os sítios onde algum passarinho fez questão de ... ou para as zonas onde o carro já nem é da cor que devia ser. Mete-se outra moeda e passa-se tudo com água. Depois, roda-se a seta para o "acabamento final", que a mim me parece água tão água como o modo anterior, e acaba-se.

Já era quase hora de almoço quando, feliz, entrei no carro e voltei para casa. Há dias assim.

Tempo



Ultimamente tenho andado um pouco atormentado com a falta de tempo. Falta de tempo para as pessoas que me são próximas, para as coisas que gosto e, sobretudo, falta de tempo para mim.

Ontem, a chegar a casa depois de mais um de trabalho, parei no meio na rua, quando o sol adormecia no horizonte, e acariciei a leve brisa que soprava. Por uns instantes o tempo e o espaço tornaram-se secundários. Soube bem, mas também soube a pouco.

A subir no elevador para casa olhei para o espelho e o meu reflexo apresentava algo que desconhecia. É impressionante como, olhando-nos ao espelho, conseguimos redefinir a visão física de nós próprios. Há sempre um traço, uma ruga, uma expressão que nos surge como nova. Ontem, vi-me um “eu” mais envelhecido.

Bem sei que ainda sou bastante novo para deixar que isto me afecte. Mas, sem dramatismos, constato que cada dia se tem tornado uma réplica do anterior. O tempo passa. Fico a aguardar que ele me ensine a aceitá-lo melhor.

Não é uma história simples. Daquelas dos passarinhos que falam com as flores ou da mãe terra que engole raios de sol para alimentar as folhas. É, até, uma história triste. Embora o dia hoje esteja claro e nem haja gotas de chuva a parecer lágrimas a estragar a fotografia. A flor lilaz e a árvore dos ramos conheceram-se eram sementes pequenas que se afundavam no enorme pote da minha varanda. Isto há anos, claro. Nem eu me lembro, nem a varanda era esta, nem tão pouco era minha. Conheceram-se e, na altura, era uma história de amor de igual para igual. As sementes germinaram, ou fizeram o que tinham a fazer (imagino que as sementes, à semelhança do que acontece com os feijões que plantamos em pequenos, germinam e é assim que começam) e começaram a crescer. Na primeira Primavera foi um amor radioso. No primeiro Verão, esticavam-se ao sol o dia inteiro. Era daqueles sentimentos em que o coração, sem olhos, não vê para lá do agora, nem quer saber do depois. O Outono veio. O vento remexia a terra do pote e elas escondiam-se entre as pedrinhas e as bolinhas de qualquer coisa que a minha mãe lhes metia para proteger dos bichos e da falta de vontade de crescer. E depois, o Inverno nunca era Inverno a sério e o ciclo ameno lá se repetia. Passaram-se anos, isto é, anos à escala das plantas, e as sementes começaram a mudar. Uma foi-se esgueirando num caule verde com um botão lilaz pequenino, pronto a rebentar. A outra era um tronco castanho e feio que nunca mais abria em nada. Veio a Primavera. Uma fez-se flor e a outra nada, só um tronco castanho cada vez mais grosso, cada vez mais feio. A flor ainda brilhou uns meses à espera. E a outra nada. Um dia, numa rabanada de Setembro, a flor foi-se. A outra ficou sozinha a olhar para os lados, como se tivesse olhos, quando só tinha aquele tronco castanho feio. Passou-se muito tempo. E o amor morreu. Mas morreu com o tempo. Não morreu enquanto a flor brilhava nem quando o tronco ficou sozinho. Eu sei que morreu porque - já explico o agora - volta e meia lá estão as duas no pote e não as vejo dizer nada uma à outra. E eu acho que não pode haver amor sem palavras. Depois da primeira flor lilaz vieram muitas, uma todos os anos pelo menos, no mesmo sítio. O tronco castanho separou-se em cinco ramos e transformou-se numa árvore, que na Primavera se enche de folhas e botões rosa prontos a rebentar. Mas isso é agora, e agora é tarde demais. Os botões rosa duram dias e dias, para lá dos dias que dura o caulezinho verde com a flor lilaz na ponta. Mas dias e dias. E assim acaba a história. No que toca ao amor, imagino, elas como sabem que não têm tempo de ir até ao fim, não chegam a começar.


Lembramos aos nossos estimados visitantes que:

1. A nossa zona lateral, onde habitualmente estão os links e o arquivo do blogue, é no final da página.

2. Portanto está a decorrer, lá em baixo, uma espantosa sondagem sobre o tamanho das coisas dos nossos apontamentos. Os resultados têm-nos deixado altamente surpreendidos, uma vez que vocês não preferem tamanho nenhum.

3. Dentro de poucos dias vamos ter um evento com que pretendemos lançar o Pequenos Apontamentos para a ribalta da blogosfera.

4. Debaixo do banner foram estrategicamente colocados anúncios do Google. Quando clicados, acumulam cêntimos de dólares (à razão de 2 cêntimos por dia) numa conta criada para o efeito e que irá ter um aproveitamento filantrópico. Hoje, às 14:54, tínhamos já a significativa quantia de $0,07. A cavalo dado não se olha o dente.

Adenda: Aconselha-se os mais sensiveis a não continuar a ler este post. Obrigado.

Cheguei ontem a casa do trabalho, e vendo a minha irmã (de 10 anos) mergulhada num trabalho de casa de português, decidi ajudá-la. O objectivo era simples: tendo como objecto a Primavera, os alunos deveriam pegar num dicionário e, de acordo com a ordem alfabética, encontrarem palavras que, de alguma forma, se relacionam com esta estação do ano. Estava eu muito descontraido a procurar uma palavra primaveril com a letra Q (tarefa difícil, by the way) quando o insólito acontece. Pensei para mim: "Não, não pode ser! Isto no meu tempo não era assim... ". Mas pelos vistos pode mesmo ser. Eis, abaixo, algumas das palavras que constam na nova edição do Dicionário da Lingua Portuguesa que tão orgulhosamente ostenta o título de "Dicionário Académico":

caralho -
1 s.m. (vulg) pénis 2 interj. (vulg) indicativo de espanto, impaciência ou indignação

cona
- s.f (vulg) vagina

cabrão -
s.m. 1 bode 2 (vulg) individuo atraiçoado pela mulher 3 (vulg.) indivíduo mau (???)

foda
- v. tr. 1 (vulg) ter relações sexuais 2 (vulg) prejudicar-se; foda-se! exclamação que exprimi impaciência ou indignação

fodido
- adj (vulg) prejudicado, arruinado

puta
- s.f (vulg) prostituta

queca
- s.f. (vulg) acto sexual, copula

Confesso que a presença destas palavras (?) num dicionário com afins académicos me incomoda bastante. Convenhamos, tal como a minha irmã há crianças que consultam o dicionário para fazer um trabalho de Português! Numa altura que tanto se fala em desrespeito pela figura do professor e pela escola pergunto-me se isto é pedagógico e lúdico . Será que está no programa escolar? Dúvido um bocadinho...

O meu pequeno apontamento de hoje vai para as três senhoras africanas que há bocado passeavam nas bermas da 2ª circular com sacas na cabeça. Deviam ir para um qualquer mercado da linha de Sintra, trocar os vegetais das hortas urbanas. Na realidade, vi-as um bocado mais à frente destas placas. O Google images ainda nos limita um pouco a forma de contar estórias. E lá iam elas. E eu por momentos pensei que os imigrantes de África podiam trazer-nos o pôr-do-sol e os batuques para animar o trânsito.

Nunca tinha tentado pôr em pixeis uma imagem mental.

Colecções

Sempre tive um carinho especial por colecções. Não que alguma vez tenha conseguido reunir uma colecção de algo que me orgulhasse, longe disso. Aliás a minha relação com colecções sempre foi um pouco frustrante. Comecei, em puto, com calendários e cheguei a ter cerca de 500. Sim, até é um número razoável mas acabei por perde-los. Hoje não restam mais de vinte.

Depois cresci e influenciado pelos Ficheiros Secretos (ou não, porque nunca vi a série) entrei numa fase um bocado parva e comecei a guardar tudo o que tinha aliens... É verdade! Porta-chaves, canetas, cadernos, almofadas, coisas viscosas que eram suposto ser aliens bebés entre outras anormalidades. Passado não mais de três meses estava tudo no lixo.

De seguida, lembrei-me: vem aí o Euro, que tal guardar as moedas de cada país? Pareceu-me uma ideia engraçada e entrei em campo à caça de tais raridades. A verdade é que já passaram alguns aninhos desde a entrada da moeda única e ainda não consegui acabar a colecção. E, claro, foram várias as vezes que desfalquei a colecção quando isto andava mais apertado de dinheiro.

Hoje olho para as pessoas que coleccionam pacotinhos de açúcar, moedas de um cêntimo, moedas dos vários países do euro, calendários, canetas e peluches e sinto uma pontinha de inveja. Calma... não inveja de quem as faz, mas inveja de eu próprio não poder coleccionar algo que me fascina há bastante tempo: piaçabas!

Tenho um fascínio enorme por este objecto, não pela sua função (....) mas sim pela panóplia de piaçabas que existem e pela criatividade das pessoas que o criem. Sim, porque há pessoas que ganham a vida a pensar sobre como será o novo piaçaba. E há piaçabas realmente extraordinários! Desde o copinho de várias cores e tonalidades onde se envia a escovinha, a piaçabas com formas de gatos, cães, patos, cisnes, barquinhos, porcos, há de tudo. Basta escolher.... Nos dias de hoje até conseguimos encontrar piaçabas que são verdadeiras obras de estilo e contemporaneidade.

E pronto é este o meu apontamento de hoje, a confissão de alguém que um dia ainda terá uma estantezinha com a sua colecção de piaçabas!

A teoria de que vos vou falar hoje chama-se "New Wave", para os mais antigos teoria "Malhação" e para os mais novos teoria "Morangos com Açúcar". Sempre que começamos a lidar com uma palavra nova, sempre que falamos sobre um determinado assunto com alguém, que conhecemos uma pessoa ou que tecemos uma (aparente) ligação original entre a e b, começamos a ver que, afinal, aquilo que para nós são referências novas eram utilizadas por toda a gente, todos os dias, a toda à hora, à frente dos nossos olhos, sem que nunca tivéssemos dado por isso. Chamo-lhe teoria "New Nave" porque quando estava no 7º ano sempre que na New Wave falavam de qualquer coisa que na minha cabeça fazia um "ah, pois é...", no dia seguinte era certo que algum professor, a propósito da coisa mais banal, iria tocar no mesmo assunto (espero que sem ser por influência da novela) e no telejornal, em conversa com os pais, com os amigos, a ouvir a conversa dos outros, o assunto ou as palavras, tipo "factológica" ou "mentecapto", lá se repetiam.


Isto para dizer que eu nunca tinha ouvido falar da Depuralina até este fim-de-semana e, mais uma vez, a minha teoria "New Wave" estava certa. Nas minhas viagens deste fim-de-semana levei umas vinte vezes com o dito anúncio da Depuralina. Quase que o consigo citar - "A dietista Qualquer Coisa aconselha todos os portugueses a tomar Depuuuraalinaaa, que elimina os resíduos tóxicos do corpo - e depois vinham os números - que podem ir dos 5 aos 22kg ( e eu de olhos arregalados no banco do pendura, a pensar onde será que se compra a tal depuralina...). O produto está à venda em farmácias, dietistas ou ervanárias".

Eu, que sou daquelas pessoas que se entusiasma facilmente com aldrabices declaradas, pensei com uma tranquilidade fingida (como penso em relação a muitos anúncios) que tinha de me informar sobre a tal depuuuraalinaaa.

Aqui entra a teoria. De passeio em Nisa, entro numa loja de artesanato e lá estava a embalagem azul turquesa. Se eu não tivesse desligado o modo jornalístico no fim-de-semana, teria percebido logo que depuralina na montra de uma loja artesanato (quando a voz da rádio dizia, solenemente, "à venda em farmácias, dietistas ou ervanárias") era sinal evidente de que alguma coisa devia estar errada com o milagroso produto. Com outras distracções (queijo de Nisa, feltros, barro pintado...), confesso que nem lhe dei a importância que teria dado se a tivesse encontrado, por exemplo, ali em baixo no Pingo Doce. Mas o facto é que, em poucas horas, a depuralina começava assim a fazer parte da minha vida.

Até que chegamos à tarde de hoje (depois de mais Depuuuralina na viagem de Nisa para Badajoz, de Badajoz para Nisa e de Nisa para Lisboa).

Notícia de destaque no Última Hora, do Público:
Consumo de Depuralina deve cessar de imediato
Venda de suplemento alimentar suspensa devido a suspeitas de efeitos secundários graves
A venda do suplemento alimentar Depuralina foi suspensa hoje devido a “fortes suspeitas de associação causal entre a utilização” do produto e o aparecimento de episódios tóxicos graves, anunciou fonte oficial.

Sem nada a acrescentar, saliento apenas que a teoria "New Wave" tem direitos de autor (meus), que pode ser aplicada a coisinhas destas nas vossas vidas e que não cheguei a experimentar Depuralina. Se tivesse, teria de vos falar da minha teoria hipocondríaca da assimilação de sintomas por sugestão.



Grandes Notícias

Hoje fui "acordado" com notícias absolutamente extraordinárias. Ora vejamos:

- Os caracóis chegaram mais cedo. Já estão à venda em todos os cafés e tascas.

- As caracoletas, porém, estão a passar por uma fase de desidratação e só perto do Verão é que terão os valores de fluidos normalizados e o seu sabor restabelecido.

- José Mourinho aceitou o cargo de treinador do Benfica. Com uma condição: Luís Filipe Vieira tinha que se demitir. Pressionado pelos sócios este cedeu.

- José Sócrates volta a espantar tudo e todos e faz declarações bombásticas ao anunciar um aumento de 20% do ordenado mínimo, a descida do IVA% para 15% e a abolição das taxas petrolíferas

- Como sequência do ponto anterior, o gasóleo e a gasolina descem 30 cêntimos por litro.

- O Ministério da Educação organizou um jantar com representantes dos professores de escolas de todo o país. Desta vez sem palavras de ordem, roupa negra, ou cartazes, o jantar correu de forma muito afável e no final cantou-se os parabéns a Maria de Lurdes Rodrigues.

- Presentes tiveram a Professora e a Aluna da Escola de Michaelis que afinal são mãe e filha. A ordem e a paz já está restabelecida.

- Pinto da Costa preso por 2 anos

- Mariano Gago arrumou finalmente a armação exibindo agora um belo par de lentes de contacto azuis.

- O horário de trabalho é reduzido para 30 horas semanais.

- A ASAE fecha a Assembleia da República. Motivo: falta de higiene política.

- O filme Ensaio sobre a Cegueira começa a ser consagrado em todo o mundo, depois das primeiras visualizações.

- Parece que José Saramago não ficou muito contente: o cão não tinha o tamanho adequado.

- O Pequenos Apontamentos teve ontem mais de 1000 visitas!

- China dá a independência a Tibete. Dalai Lama já não renuncia.

- Afinal o Aeroporto já não vai ser nem na OTA, nem em Alcochete, mas sim em Alpedrinha.


p.s - Era tão bom que hoje não fosse dia 1 de Abril!


 

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