Running the Numbers



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Duzentos mil maços de tabaco, o equivalente ao número de americanos que morre devido ao fumo, a cada seis meses. É o que podem ver nesta tela, a jeito de metáfora mórbida, a redesenhar o conhecido esqueleto de Picasso. A ideia do fotógrafo Chris Jordan foi tornar a linguagem fria das estatísticas em qualquer coisa. A ver se as pessoas percebem, ou deixam de fingir que não percebem. Fê-lo com garrafas de plástico desperdiçadas, telemóveis que deixam de ser utilizados, latas de refrigerantes, rastos de aviões comerciais e folhas de papel. Transformou os gigantes números do consumo norte-americano, que são os mesmo que os nossos, à escala do que somos, em imagens em que cada pixel é um eu, e o todo um nós.

Sem ser muito apologista deste tipo de moralismos, gostei da ideia de ver as coisas nessa dimensão que os números quantificam e transformam quase em entidade opaca. Não sei se muda alguma coisa, mas é um bom exercício.

No Pavilhão do Conhecimento, até 30 de Abril. Entrada livre.

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