Onde leva?

Ninguém pode construir em teu lugar as pontes que precisarás passar, para atravessar o rio da vida - ninguém, excepto tu, só tu. Existem, por certo, atalhos inúmeros, e pontes, e semideuses que se oferecerão para levar-te além do rio; mas isso custar-te-ia a tua própria pessoa; hipocar-te-ias e perder-te-ias. Existe no mundo um único caminho por onde só tu podes passar. Onde leva? Não perguntes, segue-o.

Nietzsche.
Monção, deste lado de cá. Ontem.

Como todas as coisas por que passamos vezes em conta, só vi de ver este texto este fim-de-semana numa exposição montada numa casa de pedra em Campo Gerês, lugar dedicado também e sobretudo às coisas e causas da gente de Vilarinho da Furna. À parte a ironia, e pontaria também - esse mecanismo do universo sobre o qual assentam outras passagens do nosso quotidiano como as razões aleatórias que se lêem num horóscopo - isto que o filósofo ali plantado num cartaz do Minho diz não deixa de ser uma resposta difícil para o que somos. E para onde nos leva isso que nunca deixamos de querer ser. Mas é uma resposta, o que decerto agradará aos conformados por essa mesma razão, e aos que não o são por tantas outras.

Yes we can

"Um país em que o Estado é obrigado a indemnizar accionistas que contribuíram para o descalabro de um banco é um país que promove a falcatrua como modo de vida."
Paulo Ferreira, "Jornal de Notícias", 5 de Novembro de 2008

Um dia nós também poderemos.


Rosa Parks andou no autocarro, para que Martin Luther fizesse o discurso e Barack Obama pudesse ser eleito.

Dúvida existencial

De que cor acordará amanhã (hoje) o mundo?

Impressão minha

Ou o prós e contras de hoje sobre as presidenciais norte-americanas não teve ponta por onde se pegasse?
De quem foi a brilhante ideia de encher o painel de debate de gente que não falava português?
Onde é que a Fátima Campos Ferreira tinha a cabeça quando passou os últimos 5 minutos do programa a perguntar a um neurologista, um actor italiano (?) e a tudo quanto fosse capaz de mexer a boca, se achavam que Obama ia ser morto?
Ora depois de meses de sururu o cansaço começa a levar a melhor sobre o serviço público. E eu que já tinha montado o estaminé para a minha primeira directa política.


Estou tão ansiosa com isto tudo que nem consigo dormir.

A swedish model team to come grab me and take me away.

Somebody running against Barack Obama besides John McCain.

To wake up. Some rest.

7 minutos preciosos numa rua de Nova Orleães

Mas há que dar a mão à palmatória à TVI: 20 minutos depois do início dos telejornais, é a única que não está a falar das eleições norte-americanas. Gostava de saber que tratatamento dariam SIC e RTP ao assunto se fossem efectivamente televisões americanas. Gostava de saber se alguma vez de véspera se dedicou tanto tempo de antena e estórias do político ao social, ao tecnológico, ao formato, conteúdo e fait-divers a eleições nacionais, com tanta mariquice de enviados especiais e curiosidades que não interessam a estados com mais de 1000 km de distância nos EUA quanto mais aquém Atlântico. Está-me a saber bem a 20ª cabeçada no Magalhães e mais uma dose de caos no INEM. Não se preocupem que eu aviso aqui se acontecer alguma coisa importante em Portugal que não encaixe hoje no alinhamento dos órgãos de referência.


 

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