Onde leva?

Ninguém pode construir em teu lugar as pontes que precisarás passar, para atravessar o rio da vida - ninguém, excepto tu, só tu. Existem, por certo, atalhos inúmeros, e pontes, e semideuses que se oferecerão para levar-te além do rio; mas isso custar-te-ia a tua própria pessoa; hipocar-te-ias e perder-te-ias. Existe no mundo um único caminho por onde só tu podes passar. Onde leva? Não perguntes, segue-o.

Nietzsche.
Monção, deste lado de cá. Ontem.

Como todas as coisas por que passamos vezes em conta, só vi de ver este texto este fim-de-semana numa exposição montada numa casa de pedra em Campo Gerês, lugar dedicado também e sobretudo às coisas e causas da gente de Vilarinho da Furna. À parte a ironia, e pontaria também - esse mecanismo do universo sobre o qual assentam outras passagens do nosso quotidiano como as razões aleatórias que se lêem num horóscopo - isto que o filósofo ali plantado num cartaz do Minho diz não deixa de ser uma resposta difícil para o que somos. E para onde nos leva isso que nunca deixamos de querer ser. Mas é uma resposta, o que decerto agradará aos conformados por essa mesma razão, e aos que não o são por tantas outras.

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