Parece-me que a solução para a crise da imprensa se calhar é mesmo fazer jornalismo.
Esta semana Sábado e Visão devem esgotar.
Quando andamos de marcha-a-trás o conta-quilometros funciona?
«O treinador da Académica acabara de sair, por volta das sete e meia, quando a família foi surpreendida pelos assaltantes - uma dupla que falava com sotaque brasileiro - que forçou a entrada apontando uma arma à cabeça da empregada.» em O Jogo.
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"CML desistiu de megabiblioteca mas esqueceu-se de o anunciar" (in Público)
Quem diz que a realidade não tem mais piada que a ficção?
Se as pessoas não podem falar no messenger, porque é que estão online?
Aguarda-se sugestões a esta pequena dúvida. A mais criativa ganha meio amendoim.
À partida o Mundial em Portugal e Espanha parece-me uma boa solução para capitalizar os estádios construidos para o europeu. À partida, sublinho. Isto porque segundo normas da FIFA os estádios para o Mundial nunca poderão ter menos de 40 mil espectadores. Ou seja, só os estádios do Benfica, Sporting e Porto cumprem esse requisito. A este facto acrescente-se que para a abertura e encerramento do Mundial a FIFA exige um estádio que tenha pelo menos 80 000 lugares. Quantos temos em Portugal? Nenhum.
Portanto, ou começamos a construir estádios (e o argumento de capitalização dos antigos estádios deixa de fazer sentido), ou entramos neste Mundial apenas com 3, não podendo receber os jogos mais importantes.
Parece-me claramente que este "negócio" é mais favorável para os espanhóis do que para nós (não o são sempre?). É verdade que será uma co-organização em tempo e meios, mas no fim será um Mundial Espanhol que foi a Portugal alugar 3 míseros estádios. Ou então não, e voltamos a construir estádios à doida. Um por capital de distrito. Que dizem?
Eu - Olha diz a mãe para não fazer fritos para o jantar.
S. - Porque?
Eu - Porque estou de dieta
S. - Oh mano tu não estás gordo. Os outros rapazes é que são anoreticos
Volto a repetir: toda esta questão não é um problema de conteúdo, mas sim de forma. Penso que ninguém discorda que agressões físicas, psicológicas, mutilação genital, perda da liberdade individual, entre outras barbáries, são absolutamente condenáveis. Nem sequer é uma discussão religiosa, é uma questão de direitos humanos.
Agora este ponto, que é a justificação que muitos encontram para as frases do Cardeal e que estão explícitas no teu texto, não justifica a forma como o Cardeal se expressou. Acho que isto é simples e óbvio. Frases como "monte de sarilhos que nem Alá sabe onde vão parar" poderão, e são, considerados como ofensivos. A figura proeminente da igreja Católica em Portugal não pode cair neste tipo de piadolas de mau gosto por muito boa e honesta que seja a mensagem que quer passar. E todos sabemos que a melhor mensagem se pode perder na forma como a veiculamos.
Este é um caso flagrante disso mesmo.
E pondo o dedo na ferida: se fosse o Alberto João Jardim a dizer uma coisa dessas, estaríamos a ter este debate? Não me parece. Porque aí já se defendia como certeza que este tipo de expressões eram inadmissíveis. Nesse sentido, parece-me claramente que a imprensa é mais justa (explorando "os deslizes" de cada personalidade, como João Jardim, Manuela Ferreira Leite ou José Sócrates) do que algumas pessoas que coadunam os argumentos mediante os envolvidos.
«A Amnistia Internacional (AI) considerou hoje «discriminatórias e separativas» as declarações do cardeal-patriarca de Lisboa sobre o casamento entre católicas e muçulmanos, sustentando que fomentam a «intolerância» e atentam contra o «espírito de fraternidade e paz».
É engraçado como o "polvo" que se instalou para criar anticorpos contra a Igreja Católica chegou também a Amnistia Internacional não é?
Incrível o poder destes jornalistas portugueses que retalharam vergonhosamente o discurso do senhor Cardeal. É que até conseguiram ir sacar uma declaração à Amnistia Internacional, esse órgão que, como a gente sabe, é tão parcial, injusto e deslocado da realidade. Ou se calhar não, se calhar foi também umas frases retalhadas e a Amnistia até brindou ao discurso do Cardeal.
Por último: parece-me claro que o problema que se trata aqui é de forma e não de conteúdo. Os "montes de sarilhos" são reais, obvio. Agora um Cardeal de Lisboa não pode, por ser um líder de opinião, por as coisas nos termos ofensivos que os pôs. Se foi intencional? Se calhar não. Mas duvido que os jornalistas presentes no Casino da Figueira Foz (essa salinha de estar tão pequenina em que só cabem meia dúzia de fiéis) tenham ido infiltrados e disfarçados à espera de um deslize do Cardeal.
Afirmações como aquela não se fazem. E um Cardeal, perdoe-me se calhar a ingenuidade, devia ter a inteligência para o saber.
E sim, viva a liberdade! Mas com a liberdade vem também a devida responsabilidade. É disso que se trata aqui. Mas compreendo que seja bem mais fácil considerar tudo isto uma cabala contra a Igreja Católica.
O Cardeal Patriarca de Lisboa presenteou-nos hoje com uma das maiores pérolas que há memória. Eis os avisos às meninas:
«Cautela com os amores. Pensem duas vezes em casar com um muçulmano, pensem muito seriamente, é meter-se num monte de sarilhos que nem Alá sabe onde é que acabam»
É impressão minha ou isto é um bocadinho xenófobo? Ou se calhar é só mesmo estúpido.
De qualquer forma, aqui vai também um conselhozito ao senhor cardeal: sabemos que é fã do seu whiskyzito, mas se calhar é melhor não sair de casa depois do quarto copo… Digo eu…
Hoje apetece-me escrever. Sobre que, não sei. Ou melhor apetece-me escrever sobre nada. Apenas escrever. Sem grande sentido, sem grande profundidade. Tenho que comprar manteiga. Ah! E café porque se acabou na noite dos Globos. Será que apaguei a luz do quarto hoje de manhã? Não me lembro. E se o carro agora a noite não pega? Será que o reboque chega aqui? Hoje começo a minha dieta. É pena ter comido pizza ao almoço. Mas a partir das 20h00 é que conta.
São 18h24 e ainda falta a aprovação de um documento para enviar.
- Já escreveste mais do que eu hoje?
- Não.
- Como sabes?
- Não sei.
Isto não está a correr muito bem. Ao menos escrevi.
Trabalho num "open-space". Uma das coisas que mais me fascina é a forma como as pessoas andam sempre a fervilhar com novas ideias. E as tentam vender aos outros. E os outros demoram a comprá-las. E passado um bocado vão vendê-las a outros.
«Capucho, vai trabalhar!»
«Estou a trabalhar ;)»
«Não me enganes...»
Este é o Lamolee, um jovem de uma tribo do Quénia, os Pokot, a quem previram a morte na leitura dos intestinos de um dromedário. Não morreu porque a National Geographic lá estava a filmar. Vejam se puderem (não sei como): Tribal Odyssey: Pokot – The Sacred Path to Warrior Hood, de 2007.
Cá em casa há uma teoria para o arranjo da espécie: a fertilidade de África fez com que não fosse vital evoluir para o nível da construção de mercedes - com algum erro (a minha prima diz que no norte dos nortes de Moçambique há muito pouco, mas cada palhota tem pelo menos um telemóvel).
Só a título de curiosidade, quando um Pokot fica doente fazem-lhe o círculo de Kirkett que consiste em passar a maleita para um bode, através de cânticos e danças, e enviar o bicho para o Ocidente, onde o sol se põe. Onde se fazem os swarovskis.
Já estou a ver os anúncios, caso os permitissem: "Sim, sou um oligarca russo - fumo SG Filtro à fartazana!". Ou: "Não é por estar desempregado que dispenso o cigarrinho: vai sempre um Márlubóro enquanto estou na bicha para a sopa; ai nanas!".
Miguel Esteves Cardoso, in Público
Compra-se bilhetes manhosos no site da Iberia - exige pagamento antecipado mas tem 99% de garantias de reaver tudo o que investiu.
Dirige-se ao aeroporto no dia da sua viagem com muita paciência e capacidade argumentativa.
Aguarda 7 horas até o voo da Iberia ser cancelado e lhe darem como alternativa um voo sem escala na TAP em regime clássico (com direito a refeição, água, jornais e afins).
Aceita, consternado com a maçada de ir chegar 30 minutos atrasado ao seu destino final com tamanhas mordomias, sem ter de passar horas a olhar para o ar em Barajas.
Passa as suas férias/dias de trabalho/estadia no destino exótico a pensar: que rica indemnização vou receber quando fizer reclamação do tempo de espera.
Dia de regresso, dirige-se ao aeroporto com a mesma disposição da partida.
Espera 3 horas até o voo da Iberia ser novamente cancelado.
Tira uma fotografia ou outra jocosa frente aos ridículos sinais da incompetência aérea espanhola.
É-lhe atribuído novo voo directo pela TAP em regime clássico (com aquelas coisas todas incluídas) e chega a casa escassos minutos depois do previsto. Inteiro, porque os voos da Iberia além de tudo ainda tremem um pouco mais que os outros.
No final junta toda a documentação e escreve uma carta pomposa à dita Iberia - ou vai ao aeroporto mais próximo onde consiga encontrar alguém da malfadada companhia, em tempo útil pois deverá falir prevejo... nas próximas horas - a pedir a sua merecida indemnização.
Segundo as centenas de cartazes no aeroporto de Lisboa - direitos do viajante - pode ir entre os 150 e os 800 euros.
Depois é só esperar. Se não ficar para si, fica para os seus filhos.
que os fumadores morrem mais cedo. Mas é de pneumonia.