Alegria

Hoje vou dissertar brevemente sobre a alegria dos outros. Nem sempre é contagiante mas tem qualquer coisa de químico que nos enruga à força as bochechas da cara e não conseguimos deixar de sorrir. Foi assim esta semana, por duas vezes. Mas é sempre assim. Os outros, e sabe sempre melhor quando os outros são os nossos amigos, vêm devagarinho ter connosco. Às vezes assim do nada, e nós ao vê-los vir desconfiamos logo. Vêm sempre da mesma maneira. Com aquela cara de miúdo que encontrou o esconderijo dos rebuçados ou um buraco de minhocas para decapitar. E então há duas modalidades. As duas igualmente enternecedoras. A primeira é a vulgo 'como estás-como estás': Então, como estás? Eu estou bem, e tu como estás? Nem imaginas... E o nem imaginas é uma história mais ou menos incrível, razão de uma enorme alegria. Começamos a sentir as bochechas apertar, a puxar para cima o sorriso e dizemos, assim, sem jeito perante a enorme alegria dos outros, pequeninos na enorme alegria dos outros, Fico muito feliz. A segunda modalidade não tem as delicadezas iniciais, é logo a abrir. Conhecida pela expressão de abertura "nem vais acreditar", é um chorrilho de exclamações, que nunca pensei, que não pode ser, que agora é que foi, que é o melhor dia, que é o primeiro dia, que é o último dia... E as nossas bochechas incham rapidamente com a alegria dos outros. E o nosso sorriso, mesmo que não se veja na distância, significa um gosto muito de ti, nunca duvidei. Ou como diria a ama quando vê os meninos crescer, não se afastem muito com os rebuçados, nem se magoem com as minhocas. Ou as meninas pequeninas quando os amigos vão às vidas deles, também quero ir.

Parabéns aos dois.

1 comentários:

  1. P.R disse...

    :D és uma querida !  


 

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