Tempo



Ultimamente tenho andado um pouco atormentado com a falta de tempo. Falta de tempo para as pessoas que me são próximas, para as coisas que gosto e, sobretudo, falta de tempo para mim.

Ontem, a chegar a casa depois de mais um de trabalho, parei no meio na rua, quando o sol adormecia no horizonte, e acariciei a leve brisa que soprava. Por uns instantes o tempo e o espaço tornaram-se secundários. Soube bem, mas também soube a pouco.

A subir no elevador para casa olhei para o espelho e o meu reflexo apresentava algo que desconhecia. É impressionante como, olhando-nos ao espelho, conseguimos redefinir a visão física de nós próprios. Há sempre um traço, uma ruga, uma expressão que nos surge como nova. Ontem, vi-me um “eu” mais envelhecido.

Bem sei que ainda sou bastante novo para deixar que isto me afecte. Mas, sem dramatismos, constato que cada dia se tem tornado uma réplica do anterior. O tempo passa. Fico a aguardar que ele me ensine a aceitá-lo melhor.

2 comentários:

  1. not_alone disse...

    Uns com tempo a menos, outros com tempo a mais. A permanente busca pelo equilíbrio. Certifica-te pelo menos que te estás a ocupar de coisas que gostas, às quais dás prioridade. E, se assim for, deixa-te confortar por isso. :) Abraço  

  2. M. disse...

    Comentar um post meu é que nada... :P  


 

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