Adenda: Aconselha-se os mais sensiveis a não continuar a ler este post. Obrigado.

Cheguei ontem a casa do trabalho, e vendo a minha irmã (de 10 anos) mergulhada num trabalho de casa de português, decidi ajudá-la. O objectivo era simples: tendo como objecto a Primavera, os alunos deveriam pegar num dicionário e, de acordo com a ordem alfabética, encontrarem palavras que, de alguma forma, se relacionam com esta estação do ano. Estava eu muito descontraido a procurar uma palavra primaveril com a letra Q (tarefa difícil, by the way) quando o insólito acontece. Pensei para mim: "Não, não pode ser! Isto no meu tempo não era assim... ". Mas pelos vistos pode mesmo ser. Eis, abaixo, algumas das palavras que constam na nova edição do Dicionário da Lingua Portuguesa que tão orgulhosamente ostenta o título de "Dicionário Académico":

caralho -
1 s.m. (vulg) pénis 2 interj. (vulg) indicativo de espanto, impaciência ou indignação

cona
- s.f (vulg) vagina

cabrão -
s.m. 1 bode 2 (vulg) individuo atraiçoado pela mulher 3 (vulg.) indivíduo mau (???)

foda
- v. tr. 1 (vulg) ter relações sexuais 2 (vulg) prejudicar-se; foda-se! exclamação que exprimi impaciência ou indignação

fodido
- adj (vulg) prejudicado, arruinado

puta
- s.f (vulg) prostituta

queca
- s.f. (vulg) acto sexual, copula

Confesso que a presença destas palavras (?) num dicionário com afins académicos me incomoda bastante. Convenhamos, tal como a minha irmã há crianças que consultam o dicionário para fazer um trabalho de Português! Numa altura que tanto se fala em desrespeito pela figura do professor e pela escola pergunto-me se isto é pedagógico e lúdico . Será que está no programa escolar? Dúvido um bocadinho...

1 comentários:

  1. Violeta disse...

    Bem, não há uma lei qq de bom português ou bom sei lá o quê q diz q se estiver no dicionário é uma palavra aceite socialmente e, por tal, passível de ser usada em qq contexto... isso deixa-me de facto a pensar...  


 

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